quinta-feira, 10 de setembro de 2015

POLUIÇÃO NATURAL

                                                           POLUIÇÃO NATURAL

A poluição ambiental natural, não provocada pelo homem, e que freqüentemente não é levada em consideração. Por causa da ocorrência de uma poluição natural, o comprometimento do homem pelos fatores poluentes antropogênicos é ainda mais acentuado. Aqui se incluem a formação de pó nas regiões desérticas, espalhamento do pólen e desprendimento de substâncias tóxicas por certas plantas, um fator que deve ser levado muito a sério.


1. Poluição do ar:
Três componentes são os principais responsáveis pela poluição não-antropogênica do ar atmosférico: pó, pólen e esporos e óleos essenciais.


Pólen – é um componente bem característico da poluição atmosférica e é causado por plantas fanerógamas polinizadas por ação do vento. Esporos de fungos e musgos tem importância reduzida. Com condições meteorológicas favoráveis (ventos e tempo seco), o pólen é transportado através do ar a longas distâncias, pois com um diâmetro de 10 a 50µm estas partículas são muito leves e pequenas. Em pessoas sensíveis, o pólen pode provocar reações alérgicas nas mucosas do nariz e no tecido conjuntivo dos olhos, o que se manifesta através de inflamações e secreções de mucos.

Terpenos – um tipo bem menos conhecido de poluição atmosférica natural se origina nas coníferas. As coníferas apresentam a capacidade de armazenar óleos etéreos (terpenos e terpenóides) no tronco e nas folhas. Quimicamente trata-se de terpenos e ésteres. Estas substâncias são responsáveis pelo cheiro característico observado nas coníferas. Em regiões muito secas e quentes, as coníferas desprendem uma quantidade tão grande de terpenos, que estes se acumulam na atmosfera e, através de reações fotoquímicas, levam à formação de partículas semelhantes a uma neblina ou névoa. Como conseqüência, pode ocorrer a formação de verdadeiras cúpulas de névoa semelhantes ao “smog” verdadeiro.


2. Contaminação provocada por microorganismos:


Os microorganismos participam da contaminação ambiental em grau bem mais acentuado que os vegetais superiores. A rigor deveriam ser incluídos aqui todos os tipos patogênicos de microorganismos, parasitas de plantas superiores, de animais e do homem. Dada a sua vastidão, este campo não será aqui abordado; mas queremos mostrar, através de alguns exemplos, que existem microorganismos que segregam substâncias tóxicas aos vegetais superiores, aos animais e ao próprio homem. Estas toxinas prejudicam organismos superiores, mesmo na ausência completa de parasitismo. Muitas destas substâncias foram isoladas de fungos (micotoxinas) e de algas (fitoplancto-toxinas).


Micotoxinas – atualmente são conhecidas cerca de 200 espécies de fungos que segregam substâncias tóxicas para os animais e para o homem. Como praticamente qualquer alimento pode servir de substrato para um destes fungos, todos os alimentos contaminados com fungos devem ser encarados como portadores potenciais destas micotoxinas.


Dentre a grande variedade de micotoxinas hoje conhecidas, merecem especial atenção as aflatoxinas, aparentemente muito espalhadas. As aflatoxinas chamaram a atenção somente por volta de 1960, quando na Inglaterra ocorreu uma intoxicação em massa de aves, morrendo em uma semana cerca de 100 000 perus e numerosas outras aves. Esta então misteriosa “doença dos perus” se caracteriza por danos graves no fígado, bem como alterações do funcionamento de rins e baço.


Verificou-se mais tarde que todos estes animais tinham sido alimentados por rações contaminadas por um bolor amarelo, o Aspergillus flavus. As toxinas segregadas por este fungo, chamadas aflatoxinas (toxinas do Aspergillus flavus), foram as responsáveis pela morte das aves, como se verificou experimentalmente a seguir.


Os alimentos contaminados com aflatoxinas não são mais aproveitáveis, pois este grupo de micotoxinas resiste ao calor, e não são destruídas nem por fervura nem por cozimento. Também não basta remover o fungo dos alimentos, pois a aflatoxinas se difundem para o interior do substrato. Em queijos e em pães comprovou-se experimentalmente a presença de aflatoxinas até alguns cm abaixo da superfície contaminada.


O Aspergillus flavus pode ser encontrado em alguns alimentos como amendoim (figura acima), nozes, toucinho e extrato de tomate.


Fitoplancto-toxinas – o segundo grande grupo de vegetais inferiores que desprende substâncias que compromete o meio ambiente é constituído por algas, que flutuam livremente na água, o assim chamado fitoplâncton. As substâncias segregadas pelo fitoplâncton e recebidas pela água são chamadas fitoplanto-toxinas.


A concentração de fitoplancto-toxinas na água atinge valores críticos toda vez que ocorre multiplicação em massa dessas algas. Condições particularmente favoráveis para isto são as águas rasas, passíveis de um aquecimento rápido, como as águas empregadas na criação de peixes, as usadas na alimentação do gado, ou ainda as águas superficiais de lagos e represas.


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O desenvolvimento do plâncton é favorecido pela introdução na água de águas de despejo ricas em materiais orgânicos e certos minerais. Assim, a adubação mineral das águas utilizadas intensivamente na piscicultura é suficiente para originar uma multiplicação destas algas. O crescimento em massa destas algas depende ainda da estação do ano. Via de regra as condições ótimas ocorrem nos meses de verão.                                                                                                                                                                                                               LINK:Poluição Ambiental Natural

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